Wednesday, February 28, 2007

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Sometimes I feel I've got to
Run away. I've got to
Get away
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Other times…there´s nowhere else I wanted to be.

Sunday, February 25, 2007

- Casulo -

Aqui – lendo a musica como a um livro e escutando o poema como um beijo ou um abraço.
Sacudindo dos ombros as poeiras do tempo, sobre o corpo, ignorando as horas, e os minutos, os segundos… fecho os olhos e levanto o cabelo, permito que a gota de suor que espreita da testa, se esgueire pelo nariz, se atreva nos lábios e se invada até ao infinito espaço do resto do corpo, que não acaba e não começa, que por momentos não existe, que por momentos se evapora e se perde na melodia.
Da boca já só rasga o sorriso e se espraiam os pensamentos, que ficam presos atrás dos dentes e no casulo que fazem com a língua – tímidos, frágeis.
Os movimentos atrapalham-se uns aos outros, tropeçam, quase caem, e ficam assim, em corda bamba, não sei se à espera – ou em inércia – se à procura de qualquer coisa.
Qualquer coisa sempre é, sempre há. Qualquer coisa não é nada.
Acendem-se as luzes, desliga-se o som, fecha-se o espírito. Prendo o cabelo e vou-me embora. Bom dia.
Jo.
“When you slowly close your eyes
Replay the moment in your mind
Breathe in and give it away
Breathe out and give it away”

Thursday, February 22, 2007

Nós 3


Porque somos amigos há muito tempo...
Porque somos Alhos Vedrenses de gema e cheios de orgulho...
Porque nos conhecemos tão bem...
Porque somos tão diferentes, e iguais.

Porque nos aceitamos uns aos outros, nas nossas especificidades...
Porque somos loucos, porque somos sãos.
Porque somos tristes e somos alegres.
Porque nos apoiamos, nos compreendemos e todos os anos temos aquela mesma conversa no café!

Porque estiveram “la” e “aqui”, especialmente nestes últimos meses tão complicadinhos.
Porque gosto muito de vocês...
Porque me apeteceu!
A vocês dois, Sara e Tiago.
A nós três.
Ao ciclo interminável...
(que não é do rei leão)

Jo.

Tuesday, February 20, 2007

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Vamos beber um café?
Vamos trocar dois dedos de conversa, ou talvez a mão inteira. Vamos trocar-nos por umas horas.
Vamos, mas vamos agora, vamos já! Não sei onde e também não interessa porquê.

Vamos porque sim!
Vamos, porque a minha mão já tem dedos a mais, espaço a menos.
Vamos ignorar o cabelo e a roupa, os anéis e as pulseiras, vamos ignorar o tempo, vamos ignorar tudo, menos essa metamorfose temporária.
Vamos?


Jo.



Monday, February 19, 2007

Insónias

Insónias. Detesto-as, tanto.
Sobretudo, quando são insónias de pensamento, sobretudo quando são insónias de sentimento ou de sentir, sempre quando vêm de dentro, sempre quando são insónias que são só insónias e nunca serão mais do que isso. Detesto quando não consigo dormir por pensar nelas – ideias, momentos, nelas nada, nelas tudo.
E quando não premir mais o teclado e me levantar desta cadeira que não aquece, vou fechar os olhos. Se tudo correr bem, ao abri-los novamente, será de manhã - a chover lá fora e não cá dentro.


Jo.

Saturday, February 17, 2007

Beijo - Yann de fundo.

Um beijo no beijo, assim.
Nas mãos que procuram e nos olhares que se trocam.
Um beijo no momento, um abraço.
Um beijo que não dorme, um beijo que não deixa dormir.
Um beijo nas ruas, nos lugares, no corrimão das escadas, nas esquinas e nos terraços.
Um beijo no mundo.
Um beijo à chuva, um beijo que queima.
Um beijo que morde, um beijo que mima.
Um beijo na testa, no olho e na bochecha, um beijo no canto da boca e no lábio de baixo.
Um beijo no colo, nas costas, um beijo no umbigo e atrás do joelho.
Um beijo na carne.
Um beijo que dói, um beijo que extasia.
Um beijo com musica, um beijo cinema.
Um beijo sem tempo, um beijo sem espaço.
Um beijo sem principio, um beijo sem fim.
Um beijo no beijo, assim.

Jo.

Thursday, February 15, 2007

- Tempo e Espaço -

“Aqui, onde um imenso campo se estende ao meu redor, sobre o qual o vento passa vindo dos mares, aqui, sinto que nenhum ser humano, em nenhum lugar, pode responder por si àquelas perguntas e aos sentimentos que na sua profundidade interior têm vida própria; pois mesmo os melhores erram nas palavras quando estas são dedicadas a significar as coisas mais delicadas e quase indescritíveis.”
(…)
Seja paciente perante tudo o que não tem solução no seu coração e tente amar as próprias perguntas como quartos fechados e como livros que são escritos numa língua estrangeira. Não procure agora as respostas, que não lhe podem ser dadas porque não poderia agora vivê-las. E a questão é, viva tudo. Viva agora as perguntas. Talvez então, gradualmente e sem se dar conta chegará a um dia distante em que obterá a resposta
(…)
A sua solidão será um refúgio e um lar para si mesmo entre condições pouco familiares, e a partir daí, poderá encontrar todos os seus caminhos”.

Rainer Maria Rilke
in “Cartas a um Jovem Poeta"

E como se as palavras nos engolissem, nos alentassem para o que estará para vir e nos acolhessem depois do que já foi – e do que está a ser – qualquer coisa no limite, se exalta, de dentro, todos os dias.
Alguns falam-nos da inevitabilidade do acaso nos dias e outros, dos dias no acaso.
Alguns cogitam, entre dentes, que todo o passo, atrás de passo, é mero ditado ou transgressão linear, na qual não temos qualquer papel de relevo.
Eu prefiro pensar em contraponto, em circunstâncias e naquilo que elas trazem, de bom e de mau.
Prefiro falar de vontade, desviar caminhos, prefiro bater o pé com força!
Prefiro dizer que não, prefiro dizer que sim, prefiro não dizer nada e ter esse direito.
Prefiro ser indiferente, fechar os dedos, “encasular-me”, trancar-me, esconder-me, tapar-me, perder-me… e encontrar-me, se quiser.
Prefiro ser puzzle e desmontar-me, metamorfosear-me, como o tempo, tal como nos quadros de Dali, em que é disforme, em que se abre, onde se contorce e se fecha no seu próprio fanatismo, imperceptível, estranho e incessante.
Prefiro ameigar-me assim como o espaço que não tem espaço, que engorda e emagrece, sem caber por inteiro em lado nenhum.
Resigno-me, porém, a essa ambígua incerteza, clivada e borderline, na dúvida inquilina da metafísica dos momentos e das emoções, e aprender a manuseá-la, a namorá-la, chegar a amá-la e a desejá-la - essa irresolução caótica e desorganizada que chegou e sabe chegar sempre, sabe ficar e fica sempre.
E o dia, esse que é longínquo, chegará eventualmente. E terá todo o tempo, terá todo o espaço e saberá caber e conter-me a mim, em simultâneo.

Jo.

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Wednesday, February 7, 2007

"O homem não pode reconhecer-se senão no homem, só a vida mostra a cada um, aquilo que cada um é." Goethe