Saturday, August 29, 2009

Da alçada do meu braço à linha do tronco e da cabeça, cabe uma epopeia de transcrições imponentes, no resumir de emoções enquadradas no mundo que desbobina o meu, irredutivelmente. Os passos, tomam a forma de vozes que desengonçam o eixo das palavras, escamoteando o medo e a vontade, devagarinho. Como se de um súbito pensamento de si próprio, se desencontrassem momentos casuais e tão banais como um caminhar trôpego na descoberta de um beijo envergonhado, num despiste de um aperto de mão junto ao peito, ou mesmo de um rubor escondido na saudade. Como se entre duas linhas que transitam o universo da compreensão alheia, da verdade e da mentira, qualquer coisa pudesse chocar em comoção ou em desalento. E assim, das infinitas possibilidades que mascaram, melhor ou pior, o direito a ser “eu”, nascessem as tais vozes que alarmam consciências e lhes criam barreiras.
Desafiar-me a mim própria, procurando o encanto do que poderia existir para lá dessas transcrições que me cabem no abraço, camufla o miudinho que fica sempre entre o ir e o ficar, entre a vontade de existir e a necessidade de me construir, tão completamente só, enaltecendo o devaneio de ser apenas sendo.
Por isso assumo que sim, muito me escapa na alçada do braço à linha do tronco e da cabeça. Mas por enquanto, ainda não me saquearam a Utopia.

Monday, August 17, 2009

Dias em demanda da consciência. =)