Friday, March 30, 2007

Para vocês três, hoje…
Para vocês sempre!
Um brinde a “tudo o que vai cá dentro”.
Pelos abraços, pelos beijinhos, pelos sorrisos, pelos olhares, pelas conversas e pelos silêncios, quase telepáticos, que já conseguimos trocar.
Pelas angústias que não dissolvemos nunca mas que acalmamos sempre.
Pelas musicas do mundo [e de fora dele].
Pelo Jobim, que aquece as noites, os nossos momentos e que cabe tão bem no teu jogo de cintura, Amelie, que sai tão bem pela boca, na tua voz.
Por ti pequena, que dizem dos blocos, porque confias em mim, porque sentes de forma tão bonita, porque sentes, ponto. Rasga as pré-ocupações, joga-as fora, são só vento, hoje, tu sabes.
E à tua energia e espontaneidade, Inês, por seres genuína, por tornares tudo tão simples, mesmo quando não é. Por fazeres da vida algo tão delicioso e apetecível.
Absolutamente, depois do chocolate, os amigos foram a melhor coisa que se inventou. [sorriso]
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Chega de Saudade
Tom Jobim
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"Vai minha tristeza e diz a ela
que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece, que ela regresse,
Porque eu não posso mais sofrer.
Chega de saudade, a realidade é que
Sem ela não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia que não sai de mim,
Não sai de mim, não sai.
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Mas se ela voltar, se ela voltar,
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca,
Dentro dos meus braços,
Os abraços hão de ser, milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.
Não quero mais esse negócio de você longe de mim..."

Wednesday, March 28, 2007

Is it there, for any chance, a mind converter?
That’s what I thought, once in between, always in between.
Replacing night for day and day for night.
Replacing, period.
Still trying not to make any sense, so I can have it all.

Tuesday, March 27, 2007

Sei lá.
Diz que é do fígado…ou então talvez seja do estômago.
O nó é na barriga, de qualquer forma.
Amanhã vou aviar-me de tempo, na farmácia, para que o desate. Com grande ou pouca perícia, não deve ser difícil, ainda não está muito apertado, mesmo que já doa, um bocadinho, mesmo que já faça força, mesmo até que já puxe para baixo.
A minha mãe sempre me disse que doía, no começo, mas depois… já passou.
(sorriso)
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- Pimba!!

Saturday, March 24, 2007

Diamante de Sangue

A melhor oferta, do sensacionalismo que a maioria dos filmes Americanos nos oferece, é este sentimento trémulo, por dentro, o nó na garganta. Mesmo quando é uma merda, quando não vale nada, parece que chocalha qualquer coisa, abana, puxa para fora, grita por mais, quer mais, faz por mais, por ser mais, mesmo que apenas por uns instantes, mesmo até que no fundo não se faça nada, nem se diga nada, nem se chore nada. De algum modo, mesmo assim, faz-nos crescer ligeiramente no altruísmo e um pouco mais no egoísmo em simultâneo. Emocionamo-nos com a música e com a força dos actores, desiludimo-nos com o desperdício de uma grande história, de ficção, e revoltamo-nos com a verdade que está por detrás dela.
E só de pensar que todas as historias que vemos, que se fazem transparência nas imagens e nas vidas que lemos e ouvimos, bem como em todas aquelas que tão-pouco conhecemos, supomos existir ou sequer conseguimos imaginar, batem na porta do lado, no país do lado, no continente do lado, algures…neste mundo fora, agora, ontem ou amanhã, só de pensar que tudo o que é real engole qualquer palavra ou qualquer bom papel, arrepia-me pela espinha e pelos cabelos, pela emoção, pela raiva, pela enormidade e bestialidade do ser humano.
Tudo isso fervilha nos momentos finais, durante a legendagem que conclui a longa-metragem, absorvida pela melhor melodia da banda sonora, tudo isso salta pelos olhos e pelos sorrisos ligeiros que se trocam quando não se tem nada a dizer, quando não se sabe dizer nada, quando não se entende nada, não se compreende, quando nos esquecemos que é verdade e nos lembramos que gostávamos de estar com alguém nesse instante, como se uma katana estivesse à nossa espera lá fora. Como se não estivesse mesmo. Quando nos lembramos do carpe diem ao nos tremerem os dedos a escrever uma mensagem que não enviamos, mas que relemos vezes sem conta a pensar se será adequada, quando a apagamos, quando logo em seguida nos damos conta que o filme, que surtiu efeito, não surtiu efeito nenhum, e que o que nos lembramos de fazer e de dizer, o que nos permitimos sentir, já não faz sentido algum, porque ninguém nos olha para dentro, quando estamos de fora, e porque feliz ou infelizmente a telepatia continua a ser só uma miragem, um poema e uma letra de canção. Quando o carpe diem fica para outro dia, que amanhã o sol também renasce, até porque na verdade, nunca morreu.

“Diamante de sangue” então, não sei se vale o dinheiro – até porque o vi em casa – mas vale pelo menos pelo que nos faz lembrar, mesmo que seja para depois esquecer. A vida segue lá fora, em todo o lado e é sempre tão diferente, mas tão igual, que nos faz a todos irmãos e estranhos ao mesmo tempo.
Vamos sair de casa de uma vez! Ou então, entremos todos, e aprendamos a dar aquele abraço, que realmente, “aproxima os corações”.

Thursday, March 22, 2007

[Sem Metáforas]

És Tu!
E tu sabes. Não sentes?
De tão óbvio que parece [e que é] quase que toca, quase que agarra, rasga.
Da próxima vez, desdobro-me e rompo o casulo, para que fale a boca e não as mãos.

Sim, Tu!
Tira os headphones dos ouvidos, põe os óculos. Escuta, lê e vê!
Qual é a dúvida?
Mesmo que a ti não afecte, a mim já faz cócegas.

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“Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.) (…)”
Ricardo Reis

Wednesday, March 21, 2007

Calvin & Hobbes

Algumas tiras...

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Sunday, March 18, 2007

"Give up yourself unto the moment

The time is now

Give up yourself unto the moment

Let's make this moment ... last

And we gave it time

All eyes are on the clock

But time takes too much time

Please make the waiting stop"

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Moloko - The time is now

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Assim...como quem não quer a coisa.




Friday, March 16, 2007

Equivoco: Que tem sentido duplo; ambíguo. Suspeito. Engano; trocadilho; jogo de palavras.

Viver de equívocos ou equivocadamente viver?
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E se eu não sei falar?
E se eu não sei dizer?
E se eu só souber calar?
E se de repente o mundo inteiro couber numa bola de sabão e se tornar frágil e pequeno, como ela?
E se nada disso interessar?
E se eu continuar a só saber calar?

E se for melhor assim?
E se não for?
E se?

Tuesday, March 13, 2007

Momento

Hoje, numa aula de psicopatologia do adulto, o meu prof Filipe Sá disse [num contexto que não terá agora importância]: “Quem não perde a cabeça de vez em quando, é porque não tem cabeça para perder”.
Nesse instante, olhei para o lado e reparei que a Rita também me olhava. Fez todo o sentido para ambas naquele momento, e certamente não só para nós – espero – mas a verdade é que nada pode, nem deve, ser sempre, austero e rectilíneo.
O paradoxo e a antítese fazem falta.
O eufemismo também cansa, e não pode haver um estado de clareza óbvia em tudo o que se faz e muito menos em tudo o que se sente. Deve-se fazer e sentir, simplesmente, de vez em quando. Mesmo que pareça louco, irracional, idiota, primário, ilógico…mesmo até que o seja.
Que seja tudo isso e muito mais, que seja assim, espontaneamente fantástico.
Que sentido teria a vida se fosse de outro modo?
Já dizia Florbela, “Que me saiba perder, para me encontrar”.

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Por isso [e muito mais] agora, queria saltar de para-quedas de um avião.
Ou então dar cambalhotas na praça do comércio, e não morrer do coração quando atravesso a estrada sem olhar. =)
Apetece-me vestir o meu casaco cor de laranja e não me importar que seja “choque” e ninguém goste.
Apetece-me escrever nas paredes.
Hoje apetecia-me andar descalça na rua e a chuva, para que chovesse sobre mim.
Hoje gostava de ir a Sagres e mergulhar em Odeceixe.
Hoje queria ir à lua ou roubar uma estrela, para que fosse só minha.
Hoje, apetece-me cantar…hoje cantei.
Cantei a caminho do barco e do autocarro, cantei no caminho para casa – e o Zé cantou comigo – cantei a tomar banho, cantei, cantei, cantei e cantei.
Não sei se espanta os males, mas faz bem à “alma”!

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Playlist das minhas canções, hoje:
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Mafalda VeigaNo rasto do sol
Mafalda VeigaCada lugar teu [gosto TANTO desta musica]
Mafalda VeigaGota
Rui VelosoLado lunar
Ala dos NamoradosSolta-se o beijo
Sérgio GodinhoCom um brilhozinho nos olhos
Jorge PalmaFrágil
Jorge PalmaDeixa-me rir
Rádio MacauAnzol
Rádio Macau – Acordar
Sétima Legião – Quem eu não esqueci
Clã Problema de Expressão
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Hoje, só o português fez sentido…
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"Não importa se às vezes tudo é breve como um sopro
Não importa se for uma gota só
De loucura que faça oscilar o teu mundo
E desfaça a fronteira entre a lua e o sol"
Mafalda Veiga - Gota

Monday, March 12, 2007

A música é um parapeito. Sabe fazer-se de trampolim para o tempo. Fazê-lo subir e descer, ao mesmo tempo.
Sabe dar e tirar-lhe importância.
Sabe relativizá-lo!...
E se ao menos o sentimento soubesse, tudo o que eu penso da música e tudo o que a musica pensa de mim, talvez gostasse mais de ti do que imagino.
Mas por agora só me apetece calar-me.
Porque há dias assim…
Em que nos estranhamos e até de nós próprios somos desconhecidos.
Se há dias sem cheiro, outros há, sem explicação.
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E se eu não me sei explicar – ou entender – como é que resolvo o conflito?
Sinto que qualquer coisa começa a romper pelas brechas da língua. É vermelho, mas não é sangue e não sabe a morango. O que é?
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Engulo?

Friday, March 9, 2007

O primeiro dia

"A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho

bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja

apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar,
sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
."

Wednesday, March 7, 2007

De repente, o mundo.
Nas estradas, nas paredes [e no que sobra delas], nas ruas, nas portas que se abrem e no por do sol que delas espreita, no vento das árvores na amazónia e no topo das pirâmides do Egipto!...No equilíbrio das ruínas romanas e nos vestígios da civilização Maia.
Nos quadros de Van Gogh, na arquitectura medieval, nos ritmos ousados, arrojados de Buenos Aires, nas operas de Praga ou nos shows da Brodway, ou do Moulin Rouge.
Na excentricidade Japonesa, no refugio da Índia ou na politica de Cuba…
O mundo, engolido pelo Niagara ou sobre os museus históricos vivos, na ansiedade da cultura [diferente], e na necessidade de soltar as amarras, pular do chão, abrir o peito e agarrar a chuva, sobre o corpo, na muralha, no edifício mais alto, no mergulho mais fundo, nos lugares, lá fora – cá dentro.
Subitamente o espaço das ideias, dos desejos e do sonho. De repente, a vida…e o que ainda há para viver.
De repente, frágil.
De repente, viva…

[ De repente...sem sono, mas agradecida! :) ]

Sunday, March 4, 2007

O mundo

E agora?
Paro, olho para trás e para a frente, certifico-me que não vem ninguém de nenhum dos lados e dou mais um passo.
Paro, olho para trás e para a frente, certifico-me que não vem ninguém de nenhum dos lados e dou outro.
E agora?

[(…)Ay,
Abrázame esta noche
Aunque no tengas ganas
Prefiero que mi mientas
Tristes breves nuestras vidas
Acércate à mí
Abrázame a ti por Dios
Entrega te à mis brazos]

Rodrigo Leão
Pasión
(Extraordinario concerto 02/03 - o mundo)

As sensações flutuam…e ficam à flor da pela.

Friday, March 2, 2007

- nota de referência -

De “All That Jazz” por Catherine Zeta Jones, a “Tainted Love” de Soft Cell, passando por Depeche Mode, Moloko, Yeah Yeah Yeahs, Goldfrapp, The Cure, Muse e vários outros, foi um “AGITO” do começo ao fim da noite, com boa música, portanto, boa companhia e alguns excessos que, ideais ou não, fizeram parte.
Por isso mesmo, pelo bom gosto e “boa onda”, parabéns Rachelinha, que hajam mais [boas] misturas para breve, de preferência sem aulas [ou] exames.

Johnny Nash – “I can see clearly now”




Porque sabe mesmo bem ouvi-la de manhã a beber café e porque também fez parte da noite! [sorriso]