Tuesday, January 19, 2010

Hoje, quando à beira de um ataque de nervos, chego à conclusão absoluta de que, a politica na minha casa é a seguinte: Não se sabe o que é? Vai pro lixo! Não se gosta de algo de um outro membro da familia? Vai pro lixo! Se há sacos aparentemente vazios, não se confirma e vai tudo pro lixo! And so on...
Nesta brincadeira já vi roupa e assessórios meus a desaparecerem, bilhetes de concertos a irem para a reciclagem, comida comprada no dia anterior a ir para o caixote, por se pensar que estava lá há muito tempo, etc etc etc...

Neste ambiente, confesso que a sanidade não é possivel por muito mais tempo!

Sunday, January 10, 2010

Tinham-me dito que escrevesse.
Afinal... eu escrevo sempre. Sempre argumentei que me fazia sentir menos vazia, em antítese com o despejo de palavras. E que ironia essa a das palavras. Valem tanto e não significam merda nenhuma. Palavras, aquelas q destroem mundos, ainda assim, são só palavras. Em cada rebentamento, que vai erodindo o cansaço e o desconforto, subtilmente esconde também a vontade e o alento. Tenho conversado sobre nós – seres humanos – e da nossa condição enquanto seres de rotinas. Não forçosamente porque morreríamos sem uma, mas porque, afinal, morreríamos sem uma! Todos as temos, sejam elas de que tipo forem. Lidar com o nosso egoísmo, ou com a nossa necessidade de sermos quem somos, que se confunde pelo mesmo tantas vezes (e que talvez o seja mesmo), coloca-nos muitas vezes nas antípodas do senso comum social, ou da expectativa comum parcial. Ou seja lá o que for. Seja lá o que formos.
Alguns dizem-me, reconfortados na sua posição do “calo” da velhice, que isto é crescer, amadurecer... que é como quem diz, perder o animo, sentar, aceitar, e confortavelmente puxar a corda do destino para que seja o que tiver de ser. Quanto a isso, bom, já dizia o meu amigo Hess que o acaso só existe na medida em que somos nós que o criamos com as nossas acções. Portanto, ao não fazer nada, o acaso inevitavelmente conduzir-nos-á precisamente até ao mesmo redundante vazio.
Assim sendo, prefiro andar, beber cafés Nicola, e tornar cada dia, um dia!
Se pudesse pedir um desejo, como começo de ano, quereria um “momento molhado”, que nas palavras de uma amiga significa “Eureka!”. Ao não ser possível, limito-me a continuar a não puxar a corda... e de resto, que se foda!