Wednesday, May 26, 2010

“Words do not express thoughts very well. They always become a little different immediately after they are expressed, a little distorted, a little foolish.”
Herman Hess

Therefore, and since that sentence describes quite well what I´ve been feeling lately, this blog may need a little rest.

Monday, May 10, 2010

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Está-me a querer parecer, que está a precisar de ser real!

Sunday, May 9, 2010

Benfica campeão!
Pois é, o Benfica foi campeão. Milhares de adeptos juntaram-se e continuam a juntar-se ao marques de pombal.
Gritam, choram de alegria, levantam os braços e reclamam a vitória como quem pede pão para a boca.
Algum arriscam ainda que não têm medo de uns e de outros e que estão dispostos a dar e levar nas trombas para poderem estar ali, a festejar, a ter provavelmente o momento que consideram de maior alegria no ano inteiro.
Gritam, lutam, levantam os braços e, talvez, levem mesmo nas trombas.
Milhares de benfiquistas cortaram o transito no marquês de pombal, levantaram uma euforia nacional como sempre extraordinária.
Na rua os carros buzinas, as pessoas gritam. Esta noite, quem sabe, muitos bebés serão gerados.

Bem...Porreiro pá! (já dizia o "amigo")

E agora pergunto, quantos é que vão estar presentes no dia 29 de Maio? Quantos é que vão gritar, lutar e arriscar-se a levar nas trombas, para ter direitos?
Quantos é que não se resignarão à imoralidade, ao atentado aos direitos de cada cidadão num estado social e democrático? Quantos se recusarão a não entrar na epopeia ditatorial sem fazer nada?
Quantos vão lutar, não por uma vitória per se, mas pela possibilidade de viver com dignidade? Quantos vão exigir que o cinto não aperte mais para os mesmos?
Quantos vão dizer: Já chega?
Quantos?
Quantos, em última instância, vão manifestar-se para que, no futuro, possam continuar a festejar as suas vitórias na rua?
Vamos ver.
Esperemos que esteja enganada e que as pessoas saibam distinguir entre correr atrás de uma bola, ou correr atrás da própria vida.



Mariana Aiveca.
Com quem também estarei no dia 29.

Sunday, May 2, 2010

No inicio deste ano, impus a mim mesma uma única coisa: Não terei medo de tomar decisões difíceis.
No entretanto, já pensei em fazer listas de pormenores que quero ver concretizados este ano, mas rapidamente desisti da ideia. Não, realmente só quero uma coisa, não ter medo de tomar decisões difíceis, mesmo que me doam muito, mesmo que quase me sinta perder, que quase me sinta cair irremediavelmente. Não terei medo de tomar decisões, mesmo que causem ruptura, se me fizerem ir de encontro a mim mesma.
Um amigo hoje dizia-me o quão bom seria poder falar, simplesmente falar sobre o que nos vem dentro, sem ter medo das consequências. Falar, falar, falar e depois logo se via "Ás vezes podíamos ser peixes...sem cérebro e sem super ego, que respondessem ao movimento do tubarão ou dos outros peixinhos!", dizia-me ele.

De facto, já dei por mim a ensaiar tanta raiva no superego. A pensar na forma de como o detesto, de como me faz engolir tantas sensações em prole do silêncio (E como o silêncio pode ser tão agressivo de vez em quando!). E ao mesmo tempo, vejo-me tantas vezes a procurá-lo, a desejá-lo no movimento do corpo na música, entornando copos meio-vazios. Vejo-me tantas vezes à procura do esquecimento, ainda que impossível.

Nós seres humanos, somos sem dúvida seres que roçam facilmente o ridículo, afinal, "ao fim de 1 dia ou uma hora...tudo podia mudar e ser diferente". Mas preferimos manter-nos tantas vezes assim, à deriva.
Por outro lado, outras vezes, temos gestos de ternura que fazem valer a pena todos esses silêncios, todos esses momentos em que nada é diferente. Agora mesmo, o meu pai ofereceu-me um livro ilustrado de um poema do Sérgio Godinho, e na primeira pagina escreveu simplesmente: "Para que nunca te esqueças da importância dos pormenores, vive atenta".

Já escrevia eu noutras alturas que era no A entre o amor e o adeus que vivia a nossa maior contenda.
Seja como for, quero viver atenta, não alienada de quem sou e do que desejo.
Por isso, hoje, amanhã, no futuro, não terei medo de tomar decisões difíceis.