Sunday, May 9, 2010

Benfica campeão!
Pois é, o Benfica foi campeão. Milhares de adeptos juntaram-se e continuam a juntar-se ao marques de pombal.
Gritam, choram de alegria, levantam os braços e reclamam a vitória como quem pede pão para a boca.
Algum arriscam ainda que não têm medo de uns e de outros e que estão dispostos a dar e levar nas trombas para poderem estar ali, a festejar, a ter provavelmente o momento que consideram de maior alegria no ano inteiro.
Gritam, lutam, levantam os braços e, talvez, levem mesmo nas trombas.
Milhares de benfiquistas cortaram o transito no marquês de pombal, levantaram uma euforia nacional como sempre extraordinária.
Na rua os carros buzinas, as pessoas gritam. Esta noite, quem sabe, muitos bebés serão gerados.

Bem...Porreiro pá! (já dizia o "amigo")

E agora pergunto, quantos é que vão estar presentes no dia 29 de Maio? Quantos é que vão gritar, lutar e arriscar-se a levar nas trombas, para ter direitos?
Quantos é que não se resignarão à imoralidade, ao atentado aos direitos de cada cidadão num estado social e democrático? Quantos se recusarão a não entrar na epopeia ditatorial sem fazer nada?
Quantos vão lutar, não por uma vitória per se, mas pela possibilidade de viver com dignidade? Quantos vão exigir que o cinto não aperte mais para os mesmos?
Quantos vão dizer: Já chega?
Quantos?
Quantos, em última instância, vão manifestar-se para que, no futuro, possam continuar a festejar as suas vitórias na rua?
Vamos ver.
Esperemos que esteja enganada e que as pessoas saibam distinguir entre correr atrás de uma bola, ou correr atrás da própria vida.



Mariana Aiveca.
Com quem também estarei no dia 29.

2 comments:

Anonymous said...

Hoje ocorreu-me falar c alguém sobre algo parecido; sobre a vinda do papa, sobre a instituição ‘religião’ e fé das pessoas etc. e cheguei a uma conclusão. As pessoas pensam ser livres mas afinal têm as suas vontades e esperanças presas na cabeça, dentro duma alegoria a que chamam utopia e compensam-se fazendo, na sociedade, o contrário do que acham que deve ser feito, o que acham utópico alguma vez poder mudar pq, acham ser utópico, porque acham ser utópico, "UTÓPICO" e gritam-no achando-se livres qdo nem se dão ao direito de expressar os suas próprias ideias, visões, de exercer o SIMPLES DIREITO DE ....QUESTIONAR. E bebem cerveja e fazem petiscos e guerreiam plo futebol e pagam cotas para que os seus clubes possam evoluir c a força dos adeptos e privam-se de questionar; “o dever de votar já está feito, o resto não podemos reclamar!!!”. Eu já nem vou mais longe: acham assuntos de corrupção à vista até de quem não ker ver, utópicos como são utópicos assuntos subjectivos relacionados com a fé das pessoas....
Falam de direitos e faltam deles sem sequer conhecimento de causa. Não percebi o que está por detrás da simples direito de questionar à qual se abstêm mas senti-me triste e em risco de impestação; deixou-me reflexiva a troca radical, por entre os prazeres imediatos de um almoço entre amigos, do meu direito a expressar questões, teorias e até inquietações de preocupação colectiva, pelas gargalhadas de conformismo e acomodação verbalizadas por ‘…eu quero lá saber…; não quero saber dos outros…!’ (ou algo do género). Senti-me deveras triste, impotente como eles, passiva como eles e com “lero leros” sem sentido, só porque sim . . . pke custa….(alguma coisa deve custar!!!).
Bem fico sem piu. Ana

Anonymous said...

(correcção)
Hoje ocorreu-me falar c alguém sobre algo parecido; sobre a vinda do papa; sobre a instituição ‘religião’ e fé das pessoas etc. e cheguei a uma conclusão. As pessoas pensam ser livres mas afinal têm as suas vontades e esperanças presas na cabeça, dentro duma alegoria a que chamam utopia e compensam-se fazendo, na sociedade, o contrário do que acham que deve ser feito, o que acham utópico alguma vez poder mudar pq, acham ser utópico, porque acham ser utópico, "UTÓPICO" e gritam-no achando-se livres qdo nem se dão ao direito de expressar as suas próprias ideias, visões; de exercer o SIMPLES DIREITO DE ....QUESTIONAR. E bebem cerveja e fazem petiscos e guerreiam plo futebol e pagam cotas para que os seus clubes possam evoluir c a força dos adeptos e privam-se de questionar; “o dever de votar já está feito, o resto não podemos reclamar!!!”. Eu já nem vou mais longe: acham pensar sobre resolução a questões como a da corrupção, à vista até de quem não ker ver, utópicos como são utópicos assuntos subjectivos sobre a colectividade da fé das pessoas....
Falam de direitos e faltam deles sem sequer conhecimento de causa. Não percebi o que está por detrás da abteção ao direito mais simples que é o de 'questionar', mas senti-me triste e em risco de impestação; deixou-me reflexiva a troca radical, por entre os prazeres imediatos de um almoço entre amigos, do meu direito a expressar questões, teorias e até inquietações de preocupação colectiva (ainda assim), pelas gargalhadas de conformismo e acomodação verbalizadas por ‘…eu quero lá saber…; não quero saber dos outros…!’ (ou algo do género). Senti-me deveras triste, impotente como eles, passiva como eles e com “lero leros” sem sentido, só porque sim . . . pke custa….(alguma coisa deve custar!!!).