Saturday, June 30, 2007

Oversleeping
I´m from Barcelona
_
"Damn! Oversleeping again
Damn! I can´t belive i did it once again
I can make it in time
if I jump out of bed
if I skip to wear clothes
and get running instead
if I get on my feet
if I skip to hit snooze
if I don´t care to eat
and get running instead
I can make it in time
Been oversleeping on Monday
I don´t care, let´s pretend that ist´s sunday"
_
_
Porque sabe bem
_________ [é mais do que suficiente] (!)

Wednesday, June 27, 2007

_
_
II PAUSE
_
_

Tuesday, June 26, 2007

| pragmática


"OK! Do you want something simple?
OK!
Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
OK! Do you want something simple?
The news, do you want something simple?
The look, do you want something simple?
The letters,
do you want something simple?
The jokes, do you want something simple?
The games, do you want something simple?
The nights, do you want something simple?
The boys, do you want something simple?
The girls, do you want something simple?
The words, do you want something simple?
The friends, do you want something simple?
The rest, do you want something simple?
And sex,
do you want something simple?

(...)

OK! Do you want something simple?
The films, do you want something simple?
The songs, do you want something simple?
And LOVE, do you want something simple?
The drinks, do you want something simple?
Art pop, do you want something simple?
TV, do you want something simple?
The silence...
"



A complexidade, as vezes, está em não saber ser-se simples...
...outras vezes, em ser-se simples demais.
Também, a coerência, se interpela na razão, assim como na falta dela.
Até do silêncio se constroem as pontes às palavras e no vício do vazio se preenchem os espaços.
A ser verdade...
Se tudo se espraia de um extremo ao outro, por dentro [e até por fora], o equilíbrio encontra-se a viver no centro ou no limite?
Na hora ou no segundo?
Como se distingue um momento do outro?
De que modo [e com que validade] devemos agir de uma ou outra maneira?
Em que medida nos impingimos a pergunta? Em que escala de vontade devemos querer resposta?
Na da espontaneidade ou na do impulso?
Querer ir ou gostar de ficar?

Thursday, June 21, 2007

medo.

Medo enquanto impulso ou medo enquanto retracção?
Agimos ou evitamos por medo? Medo. Medo do quê? Porquê? Para quê?
Medo enquanto identidade? Medo enquanto enigma?
O que nos incita? O que nos restringe?
Como nos move? Como nos trava? O que afasta, o que aproxima?
Ao transformar-nos, ao ser capaz, o que muda? O que acrescenta, o que diminui?
Se do medo se fazem os gestos – acção/reacção, partida/chegada, começo e fim - se do medo nascem emoções, brotam sentimentos – amor/ódio, audácia e vergonha, cobardia e coragem – de que é feito o medo? De nós?
O que nos assusta por dentro? O que vem de fora? O que vai para fora?
Em que medida é bom, sabe bem? Como é que é mau?
O que é o medo?
Medo enquanto medo.
Medo enquanto vida.


“O medo vai ter tudo.
Pernas, ambulâncias e o luxo blindado de alguns automóveis. Vai ter olhos onde ninguém o veja, mãozinhas cautelosas, enredos quase inocentes, ouvidos não só nas paredes mas também no chão, no teto, no murmúrio dos esgotos e talvez até (cautela!) ouvidos nos teus ouvidos.

O medo vai ter tudo.
Fantasmas na ópera, sessões contínuas de espiritismo, milagres, cortejos, frases corajosas, meninas exemplares, seguras casas de penhor, maliciosas casas de passe, conferências várias, congressos muitos, ótimos empregos, poemas originais e poemas como este, projetos altamente porcos, heróis (o medo vai ter heróis!), costureiras reais e irreais, operários (assim assim), escriturários (muitos), intelectuais (o que se sabe), a tua voz talvez, talvez a minha, com a certeza a deles.

Vai ter capitais, países, suspeitas como toda a gente,
muitíssimos amigos, beijos, namorados esverdeados, amantes silenciosos, ardentes e angustiados.

Ah o medo vai ter tudo.
Tudo.
(Penso no que o medo vai ter e tenho medo, que é justamente o que o medo quer)
(...)"

Alexandre O´Neill

Sunday, June 17, 2007

O motivo pelo qual eu gosto de psicologia e resolvi seguir esse caminho é, talvez, menos obvio para mim de vez em quando. Outras vezes, como agora, enquanto estudo para uma frequência, torna-se claro porque não poderia ser qualquer outra coisa.
Já me tinha esquecido como este senhor me fascina e de como sabe fazer da psicologia um mundo tão mais interessante e menos rebuscado...
.
"Como quase tudo o que subjectivamente nos comanda são desejos e crenças, se agora me perguntassem se acredito em alguma coisa, responderia que sim: no amor e no progresso. Sem sombra de mentira! A minha fé é no Homem.
E se quero algum poder? Sim: o de ser ouvido quando peço a atenção. É só esse, em suma, o que toda a gente quer - do nascimento à morte.
Tão simples como isto: que tenhamos o direito a existir - cá fora e na mente de quem gostamos. Isso não é mentira; é toda a verdade e só verdade."
.
Coimbra de Matos in "O poder da mentira e a mentira do poder"
.
Não se trata de uma tentativa de "poetização", mas de uma forma menos sintética e minimalista de falar em patologia, quando acima de tudo, os patológicos, são pessoas.
Poucos, além de Coimbra de Matos falam em amor, em vez de doença; cuidam em vez de tratar; são imunes, sem deixar de ser humanos.

Friday, June 15, 2007

| metamorfose |

Tenho escrito sobre a noite, sobre o que ela me faz sentir e de como reflecte o que sinto.
Tenho escrito de noite, sobre a noite.
Tenho tido tempo e não tenho tido tempo nenhum. Tenho-me desdobrado, tenho tentado controlá-lo. Não tenho controlado nada.
Passou o tempo dos minutos, das horas e dos dias nos dias e tenho escrito, mas não tenho escrito nada.
Tenho ouvido, não tenho escutado, tenho olhado mas não tenho visto, tenho tocado com falta de tacto, tenho ignorado, tenho evitado, tenho calado.
Tenho feito tudo e de tudo, nada se tem construído.
Tenho sido assim, aos bocadinhos, aos empurrões, sem vontade, discreta e sossegadamente…
Mas hoje não!
Hoje escutei e vi, hoje li e soube-me bem. Hoje ouvi musica, a que eu quis, hoje ri com vontade e dormi pouco, mas dormi bem, dormi na cama.
Hoje o dia esteve cinzento, mas hoje, comecei a metamorfose.
14 de Junho (5ª)
20:45

Monday, June 11, 2007

[Extensão]

Como se guardam os momentos?
Certo dia disseram-me que os melhores instantes da vida, não se emolduram, guardam-se em todo o corpo, na pele, no olhar, nos sorrisos, no coração...
Disseram-me que essas coisas, que se guardam e se amam com a nossa elasticidade corporal, podem também transborda-la depois ou ao mesmo tempo. Da pele das mãos, no toque, passa para as mãos dos outros e das mãos desses outros, ou das nossas, passa para as coisas que gostamos e para tudo que fazemos.
Do olhar, quando olhamos o mundo, e dos sorrisos, quando sorrimos dele e para ele, abraçamo-nos e aconchegamo-nos nessa entrega, expandimo-nos e ficamos maiores…
Finalmente, do coração [com o coração], somos frágeis e captamos a fragilidade e doçura das coisas, sentimos e tocamos o que a pele não alcança e os olhares e sorrisos só reflectem. Com essa bombinha, que trazemos ao peito, amamos e gostamos do que nos rodeia, partilhamos e recebemos afectos, crescemos e tornamo-nos mais fortes.
Nessas trocas, portanto, reflectem-se as marcas dos momentos que nos constituem e ficaram guardados no corpo, lembrados no corpo, mas que se estendem para além dele, sempre, nos lugares, nas pessoas e nas histórias que vamos contando, encontrando e vivenciando ao longo do tempo.
Se a vida é um ciclo então, como aprendemos na escola, só a concebo cíclica desta forma. E se os momentos se podem guardar, de alguma maneira, só se for deste modo, pela troca e pelo pedacinho de nós que fica em todas as coisas, em todos os espaços, e em todo o tempo, pela vida fora.
Assim o é, com tanta força, que ao pensar nisto, em conclusão, pelo meu braço sinto o abraço dos que o partilharam e o sentimento com que o fizeram. Ao fechar os olhos consigo até sentir–lhes o cheiro e lembrar-me da cor desses momentos, as vezes vermelho, outras vezes azul, outras vezes até, o arco-iris. E sei que o que sou e o que são, já não é tão-somente só o que sou e o que são, mas sim já uma extensão do que somos, do que fomos e de tudo o que podemos vir a ser.
O mundo inteiro é um momento e é nesse instante que estamos todos ligados.
.
O sentido e a qualidade não faz falta. Hoje não.
.

Saturday, June 9, 2007

O silencio

"O silencio, deixa-me ileso, e que importancia tem?
Se assim, tu ves em mim, alguem melhor que alguem..

Sei que minto, pois o que sinto, não é diferente de ti
Nao cedo, este segredo, é fragil e é meu.

Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar.

Quem te disse, coisas tristes, não era igual a mim.
Sim, eu sei, que choro, mas eu posso, querer diferente pra ti...

Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar.

E nao me perguntes nada
Eu nao sei dizer..."

Sunday, June 3, 2007


Palavras para não dizer nada, bastam! Faltam aquelas que dizem tudo…
[aquelas que não existem].
Faltam-me as palavras e o gesto dos braços, nos abraços.
Falta o impulso. Faltam as certezas, sobra a razão.
Perdemo-nos, no que se tenta dizer, ganha-se, no que não se diz, no que não se sabe dizer, no que só se entende. Vencemos pela emoção, pelo que fala o coração.
E estou aqui, onde há o medo e a vontade, onde há o que se guarda e se despe o que não se quer mostrar, onde se molda o outro e a figura, a nossa.
“Faço do tempo um parapeito” onde existes tu e a tua insegurança. Onde existo eu e as minhas mãos trémulas. Onde existem as ideias que já não se escondem nos sorrisos, onde caem no chão, onde são frágeis.
E aquilo que só se vê por fora, mostras-me por dentro, partilho por dentro, sinto por dentro, sou por dentro.
E tudo fica melhor quando estamos juntas.E nada muda e tudo muda.
Falo de ti e de ti. Falo para nós, por nós.
Falo da nossa metamorfose, falo de amizade…
Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket