Sunday, March 7, 2010



Em Lisboa,

Que parecia explodir contornos, afrouxaram-se os limites e permitiu-se, mais uma vez, a liberdade de emoções que só nela sabem existir. De alguns momentos mais frios, trouxe-nos o quente dos abraços, dos afagos entre braços que são muito mais do que braços. Menina e moça que desagua em pormenores nos rostos encostados à brisa do miradouro, do chocolate que, de tão quente, devagarinho, vem desabotoando os arrepios trazidos por qualquer outra coisa que não o preenchimento. E é em tardes assim, pela calçada, nos elevadores, na redescoberta dos mesmos [sempre diferentes] lugares, sobre bombas de cores na cidade, que se constroem as memórias que saem do simbólico, para formar o abstracto que faz arte da racionalidade quotidiana de tantas vezes. É bom ter dias assim. Dias que são muito mais do que horas, dias que são quase pessoas que trazemos dentro e nos ampliam.





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