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Outras vezes, no entanto, se estivermos atentos, encontramos as situações mais extraordinárias, os instantes mais felizes e as pessoas mais agradáveis nos sítios mais recônditos e inimagináveis. E do peso da melancolia, carrasco de frustrações, nesses momentos, restam apenas sopros que já não nos pertencem.
É por isso que a espontaneidade da vida, naqueles dias em que estou mais desatenta, me vai lembrando de olhar melhor em de-redor e da ideia da respiração abdominal das aulas de teatro amador aos 15 anos, fazendo-me descobrir outros parapeitos, mesmo que desequilibrados, sobre os segundos que vão de um pé ao outro, num passo, numa palavra ou simplesmente num gesto.
Infelizmente, a tristeza é a melhor conselheira da minha caneta, razão pela qual não me importo de não conseguir desenvolver as ideias de forma mais simbólica e menos retórica ou concreta nos dias que correm. Basto-me nas epifanias bloggueiras e nos dias que bem ou mal passados, não me pesam. É bom sinal! ;)