Fica-se assim, em plenitude, onde instantes se constroem de instantes - trazes - e pensamentos materializam saudades - levas-me.
Torno-me óbvia e transparente, transpiro o que se passa por detrás dos olhos, que reflectem, e já não há máscara que disfarce o que não dá para disfarçar, já não há quem não veja o que só se consegue ver e já não há razão que racionalize a emoção.
Agora, mesmo perdida na complexidade do sentimento escrito, ecoa sempre esta vontade, simples, que o sustém. Esta vontade por onde, em cada palavra que sai pelo teclado, ou por cada uma que fica presa num momento calado, surges tu perante o imenso branco das folhas, para as encher e torna-las também tuas.
Mesmo que enrole ou que tropece, a gramática não me deixa fugir das frases que terminam incessantemente em gosto de ti… e gosto de ti porque as frases continuam a não saber dizer outra coisa.
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...a modos que [já não] depende do ponto de vista!