Friday, May 25, 2007

Portanto...

A música confunde-se com as cores e nas cores se reúnem os afectos, as vontades e até, as acções. Nela, ao seu ritmo, trocam-se momentos, afinidades, jogam-se olhares, mistura-se o corpo e solta-se o espírito “como se não houvesse amanhã”. Mas a verdade, a existir, é que na melodia [e contigo], é como se não interessasse o amanhã, mesmo que exista, mesmo que até saiba ou consiga ser melhor.
Fica-se assim, em plenitude, onde instantes se constroem de instantes - trazes - e pensamentos materializam saudades - levas-me.
Torno-me óbvia e transparente, transpiro o que se passa por detrás dos olhos, que reflectem, e já não há máscara que disfarce o que não dá para disfarçar, já não há quem não veja o que só se consegue ver e já não há razão que racionalize a emoção.
Agora, mesmo perdida na complexidade do sentimento escrito, ecoa sempre esta vontade, simples, que o sustém. Esta vontade por onde, em cada palavra que sai pelo teclado, ou por cada uma que fica presa num momento calado, surges tu perante o imenso branco das folhas, para as encher e torna-las também tuas.
Mesmo que enrole ou que tropece, a gramática não me deixa fugir das frases que terminam incessantemente em gosto de ti… e gosto de ti porque as frases continuam a não saber dizer outra coisa.
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...a modos que [já não] depende do ponto de vista!

4 comments:

Samica Alguém said...

A modos que daquilo que depende do meu ponto de vista tu es... (irrita-me o vazio que encontro sempre que tento falar de ti, espero que neles consigas ler aquilo que quero realmente dizer).

Samica Alguém said...

p.s.- portanto.

Satya said...

O meu professor de adulto disse um dia que a escrita só sai fluentemente quando o acting-out não é passivel de ser feito melhor, de outra maneira. =)
Eu entendo o que dizes, quando não dizes nada... e dizes tudo. =*

Anonymous said...

bla bla bla bla... texto mt bom... bla bla bla bla BOA (foto, calma) bla bla bla apaixonada bla bla bla bla Eu diria que fazem um belo par! :D
beijo
Filipa