Monday, September 29, 2008

Há uma viragem em cada ponto, instante, segundo...
E em cada concomitante sobrevivência, uma apoteose, desnorteada no ar… Bloqueio. Atitude. Novamente um espaço que vai ficando, algures, entre os sentidos e um palpitar estranho, no tempo que preenche o lugar. Encolhem-se então os ombros e vestem-se os pés, pelas ruas e pelo soalho do quarto e da sala de estar, as vezes vontade, noutras, somente cansaço - mas um cansaço estreito que se encaixa, quase, em coisa nenhuma. Desliza por um motivo perdido nas horas que passam e num mundo inteiro a fazer. Há nele um fuso que enrosca no horário que temos dentro, suspenso ao que se vive fora. Pé ante pé vai-se fazendo então a estrada. Mão sobre mão vamo-nos fazendo também a nós. E depois, vem um amanhã e um até logo, porque é no A, entre o Amor e o Adeus que está a dor e o arrepio, assim como, provavelmente, a nossa maior contenda.
Numa noite de Outono

4 comments:

Anonymous said...

Um dia conto-te uma história bonita, se me deixares.
Inês

Satya said...

sure! :)

Anonymous said...

ghostbusters needed? lol

x-pressiongirl said...

É precisamente esse A entre uma palavra e outra que dói. Se não queremos a presença do primeiro A é precisamente para que não nos cansemos com as ausências que surgem com o segundo.
Tens uma escrita belíssima, doce satya. Bem vinda à nossa pink list! ;-)
Um abraço,

x-pressiongirl