Sunday, October 7, 2007

As ideias circulam a mil à hora, tropeçam umas nas outras, perdem-se pelas ruas que, no inverso, têm a estática do silêncio.
As pessoas passam por mim, mesmo que eu não passe pelas pessoas; os pés são lentos demais para o tempo, que nem sequer tem a preocupação de pensar no tempo.
Sorrisos abrem-se, caminhos aproximam-se [e afastam-se], soltam-se em palavras de engate e procuram-me encontros, que não se dão ao encontro.
Só há espaço de abrir os olhos e gostar de os manter assim – na direcção do que de novo me tem entusiasmado (já com alguma euforia).
Eu gosto.... A sério que gosto, faz-me rir e pensar. Sabe bem!
Basta. Isso basta. Por enquanto, não me peçam mais nada.
Eu devo contas ao tempo, mesmo que ele não me deva contas a mim – calma, porque em qualquer madrugada, "o dia ainda nem sequer está maduro".
Agora, há novas formas de dizer olá [novas figuras a quem dizer olá], outras maneiras de dizer adeus [outras pessoas de quem sentir saudades], e a esse ritmo passam-se as noites de encontros novos que não sabem a nada e sabem a tanto, sem eu dar por isso.
O espaço para quem ganha espaço só se percebe depois.
O mundo parece notar mais nos passos que vou dando, devagarinho; e também eu, devagarinho, vou reparando mais nos passos apressados do mundo.
Contudo, no fim da noite, tudo por dentro ou em de-redor, tudo o que não pode mudar – não muda.
Ao olhar para o lado – qualquer lado - no bairro ou no autocarro, a entrar ou a sair de casa, continuo eu, ainda eu, "apenas" eu, sempre.
É importante não esquecer isso.

Agora vou dormir.
.
.
[e porfavor, que matem o Dantas]

10 comments:

Satya said...

Oh Deus...tinha que comentar este meu post, porque, honestamente, não me lembro de escrever isto!! lol! os devaneios do "after" portanto...

Anonymous said...

És uma croma, é o que é!!
Ontem mal te vi, e ainda por cima quando vi, estavas corcunda! lol!

Anonymous said...

devaneios do 'after'... ou pura e simples aversão á ideia de ir para a cama... este post significa uma grande necessidade de partilhar algo com o mundo, ou com uma parte importante do mundo.
ignoro se a noite foi boa e te preencheu, mas os teus devaneios reconduzem te a ti, a um 'apenas'... estás em paz, é o que me parece, mas estás em insónia também... vê lá isso

de resto está provado que mesmo sem quereres escreves bem.
desculpa o atrevimento deste comentário.*

Satya said...

Não tens de pedir desculpa pelo atrevimento do comentário...pedro?
Obrigada por ele! =)

Filipa, sabes k isto as operaçoes as vezes têm efeitos secundarios! ahah! :P

Anonymous said...

That´s your ID being set free! lol
But, my dear, i don´t really think you´re in a good position to waste any time, don´t u agree??

Satya said...

Hm? What do u mean?!
Besides, we´re never in position to waste time hun! ;)

Anonymous said...

Pim!

...

:o

...?


ps: se somos nós que (o) criamos, temos sempre a liberdade de reinventar…

Anonymous said...

Se sabe bem deixa-te estar…

“O espaço para quem ganha espaço só se percebe depois.”
Sim!

O espaço, assim como o tempo, ganha em nós uma forma, que por vezes não percebemos completamente. Quando estam(os), mesmo não estando… ganhamos… muito… mais…

nota: Para quem disse que se sentia "parada", sem acção intelectual… um “textito” razoável, não lhe parece?
Quando é que percebes que escreves bem, mesmo quando aparentemente não trabalhas para tal… hum? hum?...
Ai, ai… senhorita, senhorita…

Anonymous said...

“apenas” não podes esquecer… (mesmo quando tudo resto não está mais…)

Sempre TU!

Anonymous said...

Looool
:P

ps: Ok, já chega!!!

Vai dormir…!