[ambiguidades e parapeitos...
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Talvez um bloqueio, nem seja bem o das palavras, que não saem, mas daquelas que não existem e, portanto, não surgem. Os conceitos, mesmo os que se expandem para além de nós, as vezes, são fechados o suficiente para não caberem por dentro, rasgarem e assim bastarem.
(Nem é tanto da ciência, mas...) Na tentativa de enquadricular a vida resultam sempre espaços em branco e muitos estalos de tinta - o tempo faz-se de demasiadas concavidades para ser ignorado a pintar paredes; e os espaços em branco, das entrelinhas e de tudo o que não é geométrico, decoram o que naturalmente se perde pelo eco de paredes e do silêncio.
Resíduos de tranquilidade. Esquiços de vontade.
(Nem é tanto da ciência, mas...) Na tentativa de enquadricular a vida resultam sempre espaços em branco e muitos estalos de tinta - o tempo faz-se de demasiadas concavidades para ser ignorado a pintar paredes; e os espaços em branco, das entrelinhas e de tudo o que não é geométrico, decoram o que naturalmente se perde pelo eco de paredes e do silêncio.
Resíduos de tranquilidade. Esquiços de vontade.
Até porque, secalhar, indo ao fundo, perder a consciência nada mais será que um simples encontro de sentidos, apurados, num libertar superegoico para os momentos, como um aperto de mão que se dá na rua a um estranho e como um abraço que se troca sem pedir licença.
Afinal, se como dizia Florbela “ um dia serei pó, cinza e nada, que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder…para me encontrar”.
Não é que explique ou simplifique, mas pelo menos assume, conforta e ampara.
Não é que explique ou simplifique, mas pelo menos assume, conforta e ampara.
[Bem, mas onde ia eu? Ah! Continuando…
5 comments:
ai de ti que tires este post, quero comenta-lo... mas agora não, sim?
s.
lol!
Va benne...
Talvez agora comente alguma coisa.
há momentos em que as palavras parecem demasiado ditas e demasiado tudo. há momentos em que as palavras que existem não servem para dizer nada a não ser, talvez, dizerem que não dizem nada. há momentos em que as palavras que diriam qualquer coisa não existem e nem nós temos a capacidade de as inventar. há momentos em que as palavras que nos saiem pelas mãos e pela boca, são sentidos e sentimentos. e como podes tu escrever sentidos e sentimentos sem os limitar? se eles, ás vezes, mal cabem em nós cmo é que é possivel caber numa palavra como é que sentir pode caber na palavra "sentir"?
Sim, na tentativa de arrumar a vida em casinhas especificas, entre virgulas e pontos finais, ficam muitos espaços em branco e, fogo, como falam esses espaços em branco!
"perder a consciencia nada mais será que um simples encontro de sentidos" - as vezes é bem mais assustador que isso por ser isso mesmo! Os gestos nos controlamos, os pensamentos nós contrariamos, os sentimentos nós conseguimos esconde-los, mesmo que custe... mas os sentidos não conseguimos paralisa-los, as reacções do corpo ao mundo são inevitaveis e muitas vezes até dificeis de esconder.(troca cmg um abraço sem me pedires)
"Afinal, se como dizia Florbela “ um dia serei pó, cinza e nada, que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder…para me encontrar”." á frases que vêm tão a propósito que só por si dizem tudo. Frases que, talvez, como esta nos permitem dar aquele grande passo que vai do assumir ao conforto e amparo*
s.
turururururur
lalalalala
piririri
nanananana
lala tururu piriri nanana
e quando eu for grande.Mas assim mesmo grande, tas a ver? eu vou ser capaz de escrever alguma coisa aqui. assim de jeito. prometo! LOL
errr... ja actualizavas.
s.
Porque
“Porque os outros se mascaram mas tu não.
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.”
Sophia de Mello Breyner
…
O resto já te disse…
Mais digo-te depois…
Continua!
***
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