É engraçado perceber como se sente o que se sente nos momentos “da nossa vida”, nos concertos memoráveis, nas viagens e nos lugares que nos marcam para sempre, na música que nos leva longe, no teatro e cinema que nos renova as ideias, nos livros que nos acrescentam para toda a vida, nas manhãs, tardes e noites que nunca mais esquecemos, no que de inesquecível tem os pormenores que nos transformam.
Nesses instantes, verdadeiramente únicos e sempre memoráveis, sobre quem recai o olhar, em presença, ou o pensamento na distância? Sobre quem se inspira a vontade de os partilhar, de os tornar seus também, de os tornar maiores pela sua existência. Sobre quem incide a nostalgia dos momentos felizes?
Muitas vezes nos defrontamos com a necessidade de um lugar ou de uma pessoa, no quotidiano de todos os dias, na vivência dos lugares e dos pormenores diários. Nessas alturas, experienciamos a saudade e a vontade de uma determinada forma, agimos sobre ela de um determinado modo e, quase sempre, torna-se parte da rotina o confronto com o que dela fazemos, tarde ou cedo.
No entanto, é nos momentos únicos, aqueles que, como dizia, nos transformam, nos preenchem e nos marcam irreversivelmente, que conseguimos sentir a falta, não de todos os dias, mas de um instante maior que todos eles, e é num ápice de consciência que amamos mais que nunca [ou mais que nunca tomamos consciência desse amor], é nessas circunstâncias que nos aperta o peito e se apertam as mãos e os abraços com mais vontade, que se rasgam os sorrisos mais verdadeiros e se soltam as lágrimas mais sentidas e felizes. É nesses momentos também que se escrevem as cartas mais bonitas, se faz de poemas canções, se compõem partituras, se desenham obras de arte, e se trocam os olhares e silêncios mais profundos. É ai, nesses instantes, onde o tempo não tem espaço para além da eternidade que somos, que nos deparamos com quem mais peso tem, quem nos completa o suficiente para completar, também, o momento e aquela magia. É ai que sentimos e sabemos quem a sentiria com a mesma intensidade, quem a veria através de nós e nós a conseguiríamos ver através dela.
Os momentos únicos, e a vontade de os partilhar são, talvez então, aquilo que nos une. E é através da necessidade de os dividir, com essas pessoas, que o desejo de todos os dias se torna suficientemente grande para os actos de amor e afecto, que nos perspectiva a vida de uma outra forma e, sem dúvida, nos puxa os pés para a frente e nos faz mais felizes.
Este fim-de-semana, começaram as minhas ferias.
Este fim-de-semana, partilhei-o e foi bom ter essa perspectiva de mão dada no centro da música, no concerto de “Skaparapid”, ou num abraço apertado a quatro a seguir.
Foi bom sentir que, há pessoas que nos marcam, que nos fazem mais felizes.
Foi bom sentir isso convosco, foi bom sentir isso por vocês, foi bom saber que é verdade.
Foi bom saber que não é preciso mais do que o que se espreita pelo olhar, para saber que vai durar tudo o que puder durar, e enquanto existir, valerá sempre a pena.
A telepatia afectiva, no fim de contas, existe, e quem a sente, sabe disso.
A tendência ao sentimentalismo está forte, muito forte, portanto!
3 comments:
1º Essa foto está MT fixe!
2º Foste ver skaparapid?!?! Não sabia que eras dessas ondas. lol
3º ya, é verdade que mts vezs kd estamos em algum lugar ou a fazer klkr coisa k gostamos muito, são geralmente também as pessoas k mais gostamos kem nos lembramos k seria bom k ali estivessem. E kd estão, é smp um momento bónito, cm tu dirias.
beijo,
Filipa
Sua maluca! Quem tirou a foto, quem foi?! "ah eu nao gosto de discotecas" lol. Bem apanhado, não?Gostei muito do que escreveste, alias, sendo o texto um reflexo da nossa conversa, sabes bem como te entendo. Mas, não te conhecia esses dotes de escritora, mas gostei. Alias, gostei de te conhecer melhor miuda!!
Uma beijoca
"Queres fumar? Não? Queres cerveja? Não? Posso te dar alguma coisa?" LOL. Lindo!
Há gente k nao se manca, nao é verdade? loool.
Eu não gosto mesmo de discotecas. Não particularmente. Prefiro um Bar, ou outro sitio agradavel. OU, melhor ainda, noites caseiras com amigos!
E Filipa, lol, nao sou propriamente dessas ondas, nao conhecia ska, nem nenhuma banda, mas passei a gostar. Podemos dizer que este foi, sem duvida, um fds...Mmm..."Diferente!". lol. Mas bom! ^^
Post a Comment