Wednesday, August 1, 2007

Barcelona




Barcelona passou num ápice de encontros, descobertas, momentos e maturação interior, procura interior, invenções, sonhos e projectos, pelas ruas, nas explanadas e nos jardins, cá fora.
Fomos 4, fomos 10, fomos todos os números no meio e fomos sozinhas também, fomos multiplicidade (d)e cultura, fomos inúmeras línguas, fomos ... e regressamos!..Ficando um pouco por cada lugar, solto, para sempre.


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Houve espaço de tanto, para tanto...
...houve monumentos e arquitectura para nos levar ainda mais longe que o longitude limita.
...houve portas para nos abrir mil e um mundos diferentes, para o fantástico, para o “sem fim”.
...houve mercado de fruta a perder de vista, cerejas do tamanho de orelhas, da cor de bocas rosadas, com sabor de fim de tarde no parque Guell.
... houve passeios pelo bairro gótico, noites em praças de música, em praças de conversa, em praças de experiências compartidas.
... houve gargalhadas – ai houveram tantas gargalhadas ... Cumplicidades.
... houve tempo para contratempos, que mesmo do avesso, foram incríveis e conduziram a tão grandes bens vindos de pequenos males.
... houve tempo para, quem sabe, fazer Amigos, houve tempo para partilhar.
... houve tempo para nós, enfim, houve tempo para ser inesquecível, para não caber em palavras!

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E na última noite, houve também tempo para escrever, um momento, que talvez por ser último e trazer tantas saudades, mesmo em presença, foi muito forte.


“Barcelona no aconchego da música caboverdiana, que se toca na muralha da Carrer D´en Sol, debaixo da chuva de pétalas que caem da copula das arvores que nos cobrem, no verde e no cinzento do chão, que as guitarras amolecem.
Sublime!
Respira-se a emoção que explode no molhado dos olhos – expressividade do olhar – e na voz do caboverdiano, o preto que conduz a voz do branco, esta noite, aqui no beco em tons de sépia.
No fim da viagem, talvez em inicio de um grande encontro... A vida vive-se aqui, com esta brisa, com este cheiro e sobretudo, no embalo confortável que vem de dentro e que já só sabe tão bem.”
Joana, 27/07

Dia 20 fui para cima. Agora, dia 1, vou para baixo... porque o inesquecível não tem de ter limites, nem os momentos, nem as pessoas de quem gostamos, nem a diferença pela qual passeamos...nem nós.

2 comments:

Anonymous said...

Espero por uma pausa nesses teus "vai vem" de aventuras, viagens, gostos e sensações para ler mais de ti... eu que ando sem tinta nas folhas ou... sem cabeça na tinta...o que é que se pode escrever quando se quer falar da ausencia? (parece que só vou csguir escrever quando for capaz de falar dele, as vezes parece que me esqueço dele...)
Tenho saudades tuas, mostra-te :) beijo
S.

Satya said...

Sabes que a tinta também não me tem estado na cabeça, de forma que goste, pelo menos. Tem sido dificil expressar o que quer que seja em papel ou até de qualquer outra forma.
Mas bem, eventualmente conseguirás escrever o que te "vai dentro", provavelmente só qd estiver ultrapassado, quando não for necessário esquecer, para viver com o que se sente, e com a ausência. Escrever sobre o silêncio não é facil, viver nele, as vezes, também não, mas como diria Nuno Judice... "Faço do tempo um parapeito", ou se quiseres, um trampolim, uma teia com alguma segurança, afinal, como tu mesma dizes, "ele não muda". =)

PS: Também eu tenho saudades de ler (ou ouvir) o que escreves e como escreves. Mesmo!