Tuesday, April 3, 2007

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Soltar as amarras.
Deixar que as pegadas se desprendam dos pés e sigam sozinhas os seus caminhos, ousar para que se prolonguem além das pernas e da visão, dos seus ângulos mortos.
Abraçar esse abraço num só acto falhado, sem retorno e sem retrocesso.
Caber num simpósio imaginativo, construtivo e abstracto, na concomitância de sabores e paladares que têm para ofertar ou auferir.
Jogar as mãos para fora da janela e permitir que o corpo inteiro se entregue ao movimento uníssono desse desejo, tolerando que se liberte e que tenha vontade própria. Deixar que se parta, que tenha medo. Deixar que viva.
Encolher as palavras num momento, ouvi-lo baixinho, fotografá-lo, guardá-lo na memória ou debaixo da almofada. Aprender a amá-lo, assim, distante, pequeno, do seu tamanho.
Conseguir relativizar e desligar o botão certo. Criar um botão certo.
Saber do trilho e ir.
Utopia. A minha.

2 comments:

MafaldaContestataria said...

Escreves tão bem…
Tu sabes que sim.
(não é para corar porque é verdade).

É possível alcançar a utopia.
Espero.
Por ti.
Por mim…

A fotografia… é essa! É isso.

Já estás em movimento…

Beijinhos ***

mafaldacontestataria

Samica Alguém said...

Tenho de concordar com o comentario anterior, escreves mesmo muito bem! =)

"Encolher as palavras num momento, ouvi-lo baixinho, fotografá-lo, guardá-lo na memória ou debaixo da almofada. Aprender a amá-lo, assim, distante, pequeno, do seu tamanho."

Brutal.