Monday, April 30, 2007

Quando a saudade rebenta e o corpo encolhe ao se dobrar sobre si mesmo, é bom saber que parte da distância se engole pela voz [de fora – para dentro], na certeza de um amanhã que terá, necessariamente, de ser ainda mais bonito.
Agora, até da chuva se arquitectam as cores, mais vivas, e no cinzento se restaura a vontade dos encontros e de sair à rua, respirar aquele sol que se escapa das nuvens, por entre os espaços vazios, quando as mãos se dão e os dedos se trocam, ali, onde não faz sentido o eufemismo.
E não é simples, sabes, nem sequer é fácil.
Fogem-me as palavras da ponta da língua e dos dedos, na tentativa de as agarrar, para falar de ti. É difícil encolher-te para caberes, e elas não são elásticas nem se prendem.
O silêncio, esse, amplia-se e diz muita coisa, joga com os olhares que vêem mais perto, sentem mais forte e mexem mais fundo.
Afinal, no fim do dia, quando as mãos tremem e do corpo já só se solta o arrepio, o que a gramática não expressa, um beijo agarra, o abraço segura e o contentamento do ritmo cardíaco, mais próximo, ingere o ar e abrevia as inquietações do peito.
Envolves-me então, nessa concomitância de paladares, confundes-te com os sentidos, constrói-se a teia, turva-se o tempo, e os momentos invadem.
Acrescentas-me. E eu gosto...

2 comments:

M4ntr0x said...

gosto knd escreves "disto"..
continua=*

Anonymous said...

E estas tão mais bonita também. Os olhos brilham mais, as olheiras estão maiores (lol, ms isso até dá um certo charme, nao é verdade?) e não percebo bem a lógica da coisa, MAS, parece que ao fim de alguns meses de encalho depois das 1as freks, estas a voltar a ter juizo para a fac. (Somos tão diferentes!!! lol)
Beijo
Filipa
PS: L E S - que é boa - é para não perder e não se admite que não vás!!!!!!!!!!! pergunto-me de que toca sai aquela gente...